quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Pesquisadora defende maior estudo na Africanidade
A conferência de abertura do IV Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros (IV COPENE) foi feita pela professora doutora Petronilha Gonçalves da Silva, para uma platéia de mais de 1.500 pessoas que superlotou o autitório Caetano Veloso da Universidade do Estado da Bahia (UNEB/Cabula). Ela tratou sobre Brasil negro e suas africanidades: produção e transmissão de conhecimentos. Segundo ela ?a africanidade nos dá suporte para rompermos as barreiras dos preconceitos e das discriminações que são impostas aos negros nesse país. O fortalecimento da nossa africanidade nos desafia a buscarmos e a produzirmos conhecimentos para podermos participar efetivamente da vida política e cultural desse país?.

Continuando Petronílha - que atuou com destaque na implementação da lei 10.639, que prevê a inclusão no currículo escolas da história e cultura afro-brasileira e africana - destacou que ?as nossas pesquisas e os nossos conhecimentos, embora sendo uma realização pessoal, poderá incentivar a muitos dos nossos a trilhar também pelo caminho do conhecimento". A pesquisadora na área de Educação frisou que a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), por ser uma entidade que reúne pesquisadores negros e outros estudiosos, que desenvolvem trabalhos com a temática negra, devem priorizar também nas suas investigações utilizar os conhecimentos, os fazeres e a filosofia que emanam dessa africanidade.

Para ela "a academia ainda é eurocêntrica e cabe a nós pesquisadores negros produzir conhecimentos a partir da ótica da nossa ancestralidade e africanidade. Essa conferência é o momento oportuno para discutirmos essas questões", pontuou Petronilha, uma das organizadoras do IV COPENE e professora na Uniscar.
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