quarta-feira, 1 de outubro de 2008


Afrcanidades-África do Sul


O vestuário africano permanece entre povos engajados em movimentos negros como forma de identidade. Dentre os militantes e em regiões de maioria negra como a Bahia, especialmente em Salvador observamos que a cultura negra se impõe, e se externa principalmente pelo modo de vestir e pela atitude. Ciclicamente os designers de moda voltam-se para a África para inspirar seus modelos. Geralmente são motivados por filmes, eventos marcantes, "tendências étnicas". Um fato interessante a ser notado é que, nas poucas reportagens sobre moda onde negros são enfocados, as cores empregdas são os terras (ocre- terracota). A presença africana é sentida nos panos amarrados, nas roupas soltas no corpo, no colorido exuberante, na estamparia extravagante, no colo nu para as mulheres.A maioria dos estilistas usa materiais locais, junto com alguns importados. "Bazin", que é um tecido de algodão com desenhos da mesma cor sempre esteve por toda parte, extensamente usado em África Ocidental. Alguns países (como Senegal e Mali), produzem ' bazin' localmente, mas também é importado da Europa. Lenin, seda, e rayon também são usados. Foi Chris Seydou, o primeiro estilista a introduzir o uso na moda de Bogolan,: o tradicional ' cloth' de lama que usavam em Mali. Muitos seguiram usando outros materiais tradicionais, como ' ráfia', ' pagne', índigo, etc. Agora, muitos desenhistas inovam somando outros materiais locais que, normalmente, não são usados em roupas, como: palha, corda, juta, conchas do mar etc. Tudo isso dá para as roupas um aspecto colorido e típico. Desenhos são inspirados principalmente por tendências locais tradicionais. Porém, há estilistas cujo trabalho poderia ser considerado universal, às vezes com um toque africano sutil. O mercado para moda africana ainda é incerto e frágil. Muitos africanos não são, contudo, atentos às tendências de moda dos seus respectivos países, apesar do número crescente de espetáculos de moda e cobertura de imprensa. Devido à situação econômica e financeira de países africanos ocidentais, a maioria das pessoas não pode usufruir dessa moda, graças aos preços relativamente altos de roupas de designer. Estilistas precisam dar mais publicidade ao trabalho deles, e baixar os preços para encorajar que mais pessoas comprem seus produtos. Poucos puderam ser reconhecidos internacionalmente. Só agora é que um número crescente de estilistas está sendo convidado a participar em espetáculos na moda na Europa, Ásia, Estados Unidos e Canadá. Poucos estilistas da moda africana são conhecidos na América Latina.Nos tempos em que mudanças de padrões seguem critérios internacionais, a moda africana segue sua própria evolução .Existe uma crescente tendência para o intercâmbio de técnicas e design tradicionais na moda contemporânea. Em Paris, onde a África inspira regularmente ateliês de alta costura, como Yves Saint Laurent, alguns criadores de moda africanos tornaram-se verdadeiras estrelas, a exemplo do senegalês-malinês Xuly Bët. No continente, os estilistas também tecem sua fama, como o gabonense Lazare Chouchou (queridinho), de trinta e um anos, que faz jus ao nome. Presidente da Associação dos Estilistas e Criadores Gabonenses, ele criou um festival da moda em Libreville, o “Fashionshowchou”. Já entre os “antigos”, Pathé O. (Burkina Fasso) é um dos mais célebres: trabalha desde 1969 e veste notadamente Nelson Mandela. O nigeriano Alphadi, por sua vez, soube conquistar seu espaço na África e no exterior. Os artistas africanos começam a se organizar e sua moda toma impulso com a Federação Africana dos Criadores. Alphadi, presidente da Federação Africana de Criadores de Moda (FAC), criou o Festival Internacional da Moda Africana (FIMA) no Niger.Além desse festival, foi criada a Semana de Moda Internacional (SIMOD) em 1997, por estilistas famosos que tinham clientela nacional e internacional, como o Chris Seydou, falecido recentemente, Alphadi do Níger e Oumou Sy, do Senegal e outros costureiros cuja moda reinterpreta o traje tradicional.organizada por Oumou Sy em Dakar, Senegal.Eventos como esse e ajudaram a incluir ao continente africano no universo da moda internacional, garantindo que os estilistas africanos sejam mais conhecidos. E geram um interesse crescente nas mídias chamando atenção à indústria de moda da África Ocidental.Vejam no link abaixo um desfile de Oumou Sy



Alunas: Larissa neves E Ana Carolina Rocha



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